Juventude e Consumismo

Nos dias atuais muitos/as de nós jovens ou não, perpetramos a compreensão de felicidade pelo juízo do ter. Cotidianamente recebemos um “bombardeio” de informações dos mais diversos meios de comunicação social, estes regulados pela dinâmica consumista, reproduzindo no ambiente sócio-cultural que vivemos a necessidade essencial do ter, como motor gerador necessário da existência humana e indispensável para sermos aceitos em dado espaço social.

Nesta dinâmica consumista, acabamos deixando de lado a valorização do ser, enquanto sujeitos no mundo, pondo em segundo plano nossos fins mais íntimos e densos, abdicando de nossa vocação, alegrias válidas, do serviço e amor ao próximo e de uma vivência pacífica, não provida de pretensões excessivas, a fim de existir socialmente a sobra do dinheiro, do ter, ligando a nossa existência substancialmente ao poder e aquisição material, pondo os valores espirituais de forma secundarista em nossa convivência diária nos mais diversos âmbitos.

O equilíbrio entre os valores do ser e do ter, são necessários para essência do/da homem/mulher, o “ter” deve ser alocado sempre no desígnio de estar a serviço do “ser”. Entretanto, uma grande parcela da juventude apesar de compreende o “ser” como um valor importante na experiência sensível, crêem que para “ser” é imprescindível “ter”, nessa concepção o “ter” estaria aparelhado ao “ser”, numa afirmativa “que para sermos alguém na vida, carecemos ter algo”.

Como delineia o Evangelho de Mateus: “o que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?" (16,26), de nada somam o dinheiro, quando há ausência em nossa vida de valores espirituais e humanos.

Em meio a toda está tenacidade de valores consumista pregados pela sociedade contemporânea, devemos nos voltar para o exemplo nos dado por Jesus Cristo, buscando cultivar valores que abandonam a uma cultura fundamentada no individualismo, se colocar a serviço do outro, da comunidade, descobrindo o ser que existe dentro de cada um de nós, permitindo que à vontade de Deus se manifeste em nossa vida, partilhando seus bens e seus dons com o próximo, pondo-se a serviço de um único e verdadeiro Deus, e que não é o dinheiro.

* Por Grupo Força Jovem.